REVIEW MONSTER HUNTER 4 ULTIMATE
Monster Hunter 4 Ultimate é, indiscutivelmente, o maior, melhor e mais ambicioso game da franquia.
Monster Hunter 4 Ultimate é o mais novo episódio da icônica franquia da Capcom. Lançado no dia 13 de fevereiro para acompanhar o lançamento do New 3DS na América do Norte, o título é um dos exclusivos de peso do portátil da Nintendo. Confira a análise completa do maior e melhor game da série!
Análise Monster Hunter 4 Ultimate (Foto: Divulgação)
A qualidade da franquia Monster Hunter sempre foi inquestionável. Desde Monster Hunter Freedom Unite, lançado para PSP em 2009, a série vendeu milhões de unidades ao redor do mundo, tornando-se um dos produtos mais importantes do catálogo de jogos da Capcom.
Embora Monster Hunter apresente uma proposta aparentemente simples, ao longo dos anos, muitos jogadores tiveram medo de tirar uma licença de caça. Isso porque o imersivo universo composto por centenas de itens, combinações e, é claro, diversas raças de monstros, era complexo demais.
O novo game da série consegue manter a clássica fórmula de caçar monstros intacta, porém introduz novidades capazes de renovar a experiência, como novas armas, dezenas de monstros colossais e um sistema de combate refinado e mais fluido, que inclui uma mira automática para facilitar confrontos contra criaturas gigantescas.
Monster Hunter 4 é o jogo ideal para quem pretende adquirir uma licença de caça pela primeira vez, dado que os NPCs apresentam tutoriais detalhados, garantindo uma curva natural de aprendizado. Além disso, o jogador pode se alistar em quests iniciais para testar cada uma das 14 armas disponíveis.
Game conta com criaturas inéditas (Foto: Divulgação)
As duas novas armas apresentadas foram gratas surpresas, já que possuem características diferenciadas dos demais armamentos conhecidos dos fãs. O jogador pode optar pela Charge Blade, uma combinação inusitada entre espada e escudo que pode ser unificada para causar dano pesado, e a Insect Glaive, um equipamento parecido com a Long Sword, que possibilita ao caçador saltar em momentos pontuais.
Com relação a história, a Capcom não se esforça muito para oferecer uma trama profunda e envolvente. Mas isso nem é preciso já que a imersão proporcionada pela dinâmica de caçar monstros consegue suprir a ausência de um roteiro abarcante. Na verdade, em Monster Hunter, o jogador constrói suas próprias histórias de caça.
Porém, há sim uma trama que, mesmo atuando como um plano de fundo, consegue ser uma das mais interessantes da série. Os acontecimentos giram em torno de um misterioso vírus capaz de contaminar monstros para torná-los mais agressivos e, consequentemente, mais poderosos.
Fator replay de MH4 é imensurável (Foto: Divulgação)Um vasto universo totalmente explorável
Em Monster Hunter 4, o jogador pode integrar caravanas para explorar diversas outras regiões. As localidades são desbloqueadas conforme o jogador cumpre certas missões e atividades. Uma vez que você visitar determinada área ela sempre ficará aberta à exploração.
No caso das expedições, elas são geradas randomicamente e, apesar de não serem tão detalhadas como os ambientes padrões, sempre proporcionam encontros inesperados e envolventes.
Diferente de seu predecessor, lançado para Wii U e 3DS, o novo título possui um número muito maior de ambientes que, felizmente, conseguem livrá-lo da monotonia. Aliás, os cenários possuem características visuais únicas que vão muito além das planícies de Monster Hunter 3 Ultimate.
Novo episódio da franquia é muito mais imersivo que seu predecessor (Foto: Divulgação)
Aqui, o jogador é convidado a explorar ambientes singulares e verticais que conseguem diversificar bastante a experiência de jogo. Cada localidade possui diferentes níveis de elevação, ou seja, é possível escalar obstáculos para alcançar territórios mais altos ou ainda se jogar de precipícios para explorar locais subterrâneos.
A verticalidade também está presente na jogabilidade, pois o caçador é capaz de atacar uma besta pré-histórica saltando de uma plataforma superior ou ainda montar em suas costas para desferir ataques ininterruptos.
Para a nossa alegria, os combates aquáticos que frustraram tantos jogadores em MH3 foram extinguidos. Não que os combates debaixo d’água fossem ruins, longe disso. Porém, eles quebravam drasticamente o intenso ritmo das caçadas, em razão da movimentação do herói ficar mais lenta.
Jogabilidade foi aprimorada em todos os aspectos (Foto: Divulgação)
As missões estão mais variadas, mas não fogem muito do que já foi visto. Em resumo, o jogador passará horas perseguindo monstros e coletando recursos para melhorar armas, equipamentos e, como de praxe, criar itens raros – afinal de contas, o que realmente importa em Monster Hunter são itens de qualidade, visto que não há um típico sistema de evolução. Em certas ocasiões você ainda deverá prender o monstro em armadilhas ao invés de fatiá-lo em pedaços.
É válido ressaltar que o jogador consegue revisitar qualquer missão para coletar recursos ou simplesmente para completar uma subquest – uma espécie de missão secundária que concede mais benefícios quando finalizada juntamente com a atividade principal.
Caçar acompanhado é muito melhor
Monster Hunter 4 Ultimate é, sem dúvida, o título que proporciona a melhor experiência multiplayer no portátil da Nintendo. O caçador pode optar por jogar localmente com outros três matadores de monstros ou ainda combater criaturas colossais ao lado de guerreiros conectados à internet.
Apesar de introduzir novos elementos, MH4 é um jogo mais acessível a todos (Foto: Divulgação)
A experiência multiplayer é extremamente gratificante, visto que o trabalho em equipe é essencial para derrubar ardilosos inimigos. O único ponto negativo fica por conta da ausência de um suporte de voz para que os jogadores possam se comunicar durante as batalhas. Mesmo assim, há uma ferramenta para enviar mensagens em tempo real que, mesmo não sendo ideal, pode ajudar muito.
Jogabilidade e qualidade visual
Em termos de jogabilidade, Monster Hunter 4 Ultimate segue à risca os seus predecessores. Para muitos, a câmera pode ser mais um desafio, porém, garantimos que em poucos minutos você estará familiarizado com o direcional presente na tela de toque.
É válido salientar que é possível realocar os ícones do monitor touchscreen para facilitar o alcance ao botão virtual. Enfim, todos os comandos funcionam perfeitamente e os ataques devem ser estudados com cautela para serem executados com precisão absoluta.
Caso você possua o acessório Circle Pad Pro ou esteja jogando em um New 3DS, você não terá que dedicar tanto tempo à jogabilidade, posto que um segundo analógico vai fazê-lo pular algumas etapas de adaptação aos controles.
A mecânica de combate está mais precisa do que nunca (Foto: Divulgação)
O gráfico do game é, de longe, o mais bonito da série. Os cenários apresentam variações absurdas e os quase 100 monstros pré-históricos são a “cereja do bolo”, posto que cada um deles possui uma peculiaridade técnica e visual. Embora alguns ambientes apresentem texturas “borradas” e efeitos de iluminação aquém do esperado, Monster Hunter 4 possui um número muito maior de elementos nos cenários.
Como um título exclusivo de um portátil limitado (graficamente falando), cujo foco não é proporcionar gráficos estonteantes, a obra-prima da Capcom não deixa a desejar no quesito visual. Aliás, o efeito 3D, por incrível que pareça, consegue deixar tudo um pouco mais belo.
Conclusão
Monster Hunter 4 Ultimate é, indiscutivelmente, o maior, melhor e mais ambicioso game da franquia, graças aos novos elementos que engrandeceram a experiência, tornando-a mais acessível a todos. O novo episódio é um dos poucos que consegue consumir centenas de horas sem que o jogador perceba. Monster Hunter é o que é, pois não há sensação mais gratificante do que retornar vivo de custosas caçadas.
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